quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Vamos nos permitir

Voltei para casa hoje pensando nas mudanças que a vida nos proporciona. Mudanças são coisas que geralmente assustam a todos. Não sei se assustar seria a palavra certa. É difícil manter-se indiferente diante de transformações eminentes. Enfrentar algo que não temos o controle pode nos causar insegurança, dúvida se dará certo ou não, se gostaremos ou não.

Alguns já sabem, viajarei agora em janeiro para algumas cidades europeias. Todos que me conhecem bem, sabem do meu prazer (na realidade, do meu vício) em viajar e em vivenciar novas experiências. Já viram ou ouviram falar das loucuras que já vir por e em viagens. Me orgulho e faria tudo de novo, se brincar até mais intensamente. Mas isso não vem ao caso, não é o foco deste post.

Nas últimas semanas, conversando com amigos meus e acompanhando redes sociais, percebi que não sou só eu que estou nessa fissura por mudanças. Muitos amigos meus estão se permitindo. Arriscar, sair da rotina, do marasmo e da chatice que muitas vezes domina nossa vida.

Isso me deixou muito contente. Mudança que são tomadas em cima da hora, na loucura. Novas posturas em relacionamentos; cortar, raspar ou apenas mudar a cor do cabelo; colocar um piercing ou fazer uma tatuagem; viajar com amigos para uma chácara no interior, passar a virada do ano no Rio de Janeiro ou fazer uma viagem internacional; ir a um badalado festival de música ou criar coragem e mudar de emprego.


Vi todas essas coisas acontecerem nas últimas semanas, assim como algumas delas ainda acontecerão nas próximas. Acho que a melhor coisa que vi em 2011 foi ver essa onda repentina de pessoas se permitindo fazer algo diferente, decididas de última hora. Muito me alegra isso. Dizem que quando você gosta MUITO de algo, você deseja que todos tenham a mesma sensação de felicidade que você experimenta. É exatamente isso que aconteceu comigo e me motivou a fazer mais essa divagação. Pessoas que estão dispostas a fugir dos padrões em busca do prazer pessoal. Prazer pessoal. Só isso, nada mais. Algo tão simples, tão essencial e delicioso, mas que, por vezes, se torna difícil de alcançar.

Como já disse Lulu Santos:

"Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir" (Tempos Modernos)

Tudo para começar 2012 enfiando o pé na porta. E eu começarei. Tatuado e com uma viagem internacional na bagagem. Pelo visto, tem tudo pra ser um bom ano. E eu espero que seja. Para todos.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Um projeto, várias mídias

"Começa agora o Cultura Livre no seu charmoso radinho de pilha em High Definition". Não consigo me lembrar de um slogan tão original, criativo e divertido.

Já tem um tempo que eu não consigo atualizar meu blog devido à correria de final de curso e tudo aquilo que eu já disse em outras postagens. Porém, a monografia acabou, tirei 10 e tudo que eu queria era dormir, repor os kilos de sono perdidos durante os últimos meses. Ao finalizar essa etapa, prometi para mim e para os meus amigos leitores que voltaria a escrever por aqui. Procrastinei umas semanas, mas aqui estou, tentando relembrar como se escreve em um blog.

Resolvi voltar às postagens com o que mais finjo saber: mídia. Todos conhecem a minha paixão e o meu vício por coisas que se referem à mídia e à comunicação. E trabalhando na TV Brasil Central, tive a oportunidade de aprender e conhecer muitas coisas. Uma das que mais me chamou a atenção foi o programa Cultura Livre, transmitido pela TV Cultura e retransmitido pela TBC. É um programa de rádio, em um estúdio relativamente simples, filmado com câmeras de celulares, caracteres escritos em uma folha de papel, mostrando o nome da música e do cantor e, posteriormente, editado e transmitido na televisão.



Nada de grande produção, imagens impecáveis, sem tremor, com enquadramentos padronizados.... Mas também nada de tosqueiras. Ideias simples, um projeto atrativo e com pessoas competentes, que sabem o que estão fazendo. Conduzido por Roberta Martinelli, o Cultura Livre é o melhor exemplo de programa multimídia. Um programa de rádio, também transmitido via web, que pode ser assistido na TV e conta com participações dos internautas via chat line e Skype.



A comunicação, de uma maneira geral, está carente de ideias que surpreendam, que chamem a atenção. É tudo um "mais do mesmo". Porém, o Cultura Livre foge a essa rotina. Até mesmo a apresentação da Roberta Martinelli se destaca, pelo menos das rádios que escutamos aqui em Goiânia. Não precisa ser forçado, com gracinhas tolas, para ser atrativo. Tampouco formal demais. Creio que não preciso ficar aqui me alongando para mostrar o quanto o programa é original, atrativo e o tanto que me conquistou. Os vídeos postados falam por si.

Só deixo registrado aqui o meu desejo de, um dia, conhecer, conversar com a galera que produz esse programa e, quem sabe, trabalhar em uma emissora como a TV Cultura que, já em seu nome, demonstra a valorização pelo cenário cultural nacional. Sem dúvida, é a emissora que dá maior importância para as manifestações artísticas e o faz com a maior criatividade e qualidade.