quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Google is God

Bom, novamente venho pra falar um pouco mais sobre tecnologia. O último post que eu fiz sobre novidades tecnológicas foi falando do Projeto Natal e também sobre a atualidade e o futuro da revolução da internet. Não lembra ou não viu esse post? É só clicar aqui e conferir. Por aqui eu já falei um pouco também sobre o Google, afinal de contas, que internauta consegue viver sem ele? Para relembrar o q escrevi basta dar um outro clic aqui. Bom, eu volto aqui novamente para falar de modernidade e também do Google. Google é Deus. Ele está em toda parte e sabe de tudo. Sabe quem é você através do orkut, sabe o que você assite pelo youtube e sabe o que você pesquisa, até mesmo nas altas e privadas horas da madrugada. A onda agora é o Google Street View, um recurso que mistura Google Maps com Google Earth. Esse novo brinquedinho funciona assim: um carro com uma camera especial no teto rodando pela cidade. e aí ele vai fotografando tudo em 360º. Aí já viu, né, acidentes e peculiaridades da rua vão tudo para a internet. Em funcionamento desde 2007, o Google Street View já causou muita polêmica. Afinal de contas, onde fica minha privacidade? Mesmo que os rostos e placas de carros sejam embaçados para o não reconhecimento, isso ainda gera muitos problemas... Há o argumento de que as fotos são tiradas em locais públicos, portanto não tem essa de privacidade não.

Para se ter uma idéia de toda essa confusão, os carros da GSV já fotografaram pessoas trocando de roupa dentro de carros, mulheres se prostituindo na rua, homens saindo de prostíbulos ou sex shoppings ou em companhia de garotas de programa. E aí quando a uma mulher entra no site, vê o marido dela saindo do motel com outra mulher, aí tá armado o barraco.

É nessa hora, meu caro leitor, que você dá aquela olhada de lado para ver se não estão te vigiando. Cuidado, lembre-se que o Google sabe tudo de você... Da proxima vez que sair às ruas tome cuidado, você pode ser a próxima vítima das cameras do GSV. Aliás, calma, não precisa ficar com tanto medo POR ENQUANTO. No Brasil, somente Belo Horizonte possui os carros com cameras, mas ainda não começaram a lançar imagens na internet, ainda estão em fase de testes e adaptações.

Sabe o que isso tudo me lembra? O livro 1984, do escritor George Orwell, que escreveu um livro no qual o "Big Brother", um sistema de vigilância governamental observava tudo e todos. A imagem do Tio Sam também pode ser bem simbólica nesse caso. Resumindo, "Google observa/ quer você".

Vamos usar o espaço de comentários para uma pequena troca de idéias? Acho que seria bem interessante ver o que a galera pensa sobre esse novo recurso desse chefão digital.

Porém, mesmo em meio às polêmicas, não podemos negar uma coisa: essa tecnologia é bem legal, facinante, pois ter uma visão 360º daquela cena me faz sentir no próprio Minority Report e também no DejàVu, filmes que mostram essa coisa de imagens em todos os ângulos.

Vamos lá vamos trocar uma idéia sobre isso aí.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cannabis...

O café inaugurado na última semana na cidade de Portland, nos Estados Unidos, comporta entre 30 e 40 pessoas ao mesmo tempo. Lá dentro, funciona uma espécie de “mercado de pulgas”, em que as pessoas podem vender, trocar e consumir livre e legalmente o produto que as reúne ali: maconha.


A exemplo do que acontece nos tradicionais coffee shops da Holanda, o Cannabis Café é o primeiro lugar em que os usuários da droga podem se reunir e consumi-la sem risco de ter problemas com a polícia, contanto que haja um registro da necessidade uso por motivos medicinais. Seu surgimento está sendo considerado pelas organizações que lutam pela descriminalização da maconha como um dos principais avanços recentes no país, um reflexo de maior tolerância por parte do governo do presidente Barack Obama.

“Sem dúvida o governo Obama tem ajudado nosso trabalho. Houve uma mudança clara e absoluta de política e interpretação da lei”, disse Allen St. Pierre, diretor da Organização Nacional pela Reforma das Leis de Maconha (Norml, da sigla em inglês), um dos principais grupos defensores da legalização da droga nos Estados Unidos e responsáveis pelo recém-inaugurado café, em entrevista ao G1.

“Apesar de Obama dizer ser contra a legalização total da droga, ele pode ser creditado pelas mudanças que relaxam a repressão à maconha medicinal”, disse. O governo dos EUA anunciou em outubro que não vai mais reprimir o consumo de maconha para uso médico nos Estados do país nos quais ele é permitido. Um documento pede aos procuradores para que não usem recursos federais contra "indivíduos cujas ações estão em cumprimento claro e inequívoco das leis estaduais existentes relacionadas ao uso médico da maconha".

Foto: AP

Legalização

Para o diretor do grupo, a inauguração do café é um passo adiante no sentido da legalização da maconha. “Cinco anos atrás isso seria muito improvável; há dez anos era impossível e nem se podia pensar nisso há vinte anos. A cada ano há uma aceitação maior de reformas, e este é mais um exemplo”, disse.

Ele admitiu, entretanto, que é difícil imaginar que todo o país vai permitir o uso da droga em pouco tempo, até por questões constitucionais e culturais. Nos Estados Unidos, os Estados podem decidir de forma independente em relação ao uso medicinal de maconha e os governos de Alasca, Califórnia, Colorado, Havaí, Maine, Maryland, Michigan, Montana, Nevada, Novo México, Oregon, Rhode Island, Vermont e Washington autorizam seu consumo nestes casos.

“As coisas estão se desenvolvendo em bases locais, onde há uma aceitação cultural maior”, explicou. Segundo ele, o Norml não vai tentar abrir nenhum café de maconha em locais mais conservadores, como Kansas, Oklahoma ou Geórgia. “A a cultura é mais aberta em locais como Seattle, Portland, Berkeley, Oakland, Sao Francisco, Denver. São partes do país em que os cidadãos aceitam algumas formas de distribuição legal de maconha, ou formação de comunidades em que o consumo é permitido.”Foto: AP

Segundo ele, estes locais são os “laboratórios da democracia”, e a Califórnia, uma das maiores populações e economias do país, pode se tornar um exemplo a ser seguido por outros estados e até pelo governo federal. “A Califórnia está seguindo um caminho reformador no sentido da descriminalização da maconha. Não parece impossível e distante pensar sobre um esquema de controle e taxação até mesmo para o consumo não medicinal da maconha no estado."

Uso médico e recreativo

Todo o avanço na legislação relacionada ao uso de maconha vem acontecendo com base na lei de cannabis para uso medicinal, pois apenas as pessoas com indicação podem usar a maconha e participar de comunidades em que há o consumo de maconha. Os parâmetros para o uso de maconha medicinal são muito variados, e mudam de um estado para o outro, explicou St. Pierre. Em alguns lugares, há sistemas mais simples e fáceis, enquanto outros têm um controle mais sério.

“No Maine, por exemplo, as pessoas podem ter alguns gramas de maconha seca, além de poderem cultivar cinco pés dela, sendo três em estado de maturidade. Na Califórnia, as pessoas não recebem uma receita médica indicando o uso de maconha, mas apenas uma recomendação oral do médico, e esta recomendação é checada pelos centros que podem fornecer a droga legalmente, registrando o paciente e permitindo que ela tenha acesso à maconha.”

Até a inauguração do bar de Portland, o uso da droga não podia ser feito em locais públicos. O Cannabis Café, tecnicamente um clube privado, é aberto a qualquer residente do estado de Oregon que faça parte do grupo Norml e tenha uma carteira oficial do uso medicinal da maconha - 21 mil pessoas estão registradas desta forma no estado para tratar mal de Alzheimer, diabetes, esclerose múltipla e síndrome de Tourette. Os "sócios" pagam US$ 25 (cerca de R$ 44) por mês para usar o café, que tem capacidade para cem pessoas. Por este valor, eles terão direito a receber a droga gratuitamente de outros usuários. O bar também serve comida, mas nenhum tipo de bebida alcoólica.

Apesar de a discussão legal até o momento se concentrar nos lugares em que há o uso médico da droga, a Califórnia já prepara um avanço na questão, admitindo que os cidadãos votem uma medida que permitiria que as decisões passassem a ser tomadas pelos municípios. Segundo St. Pierre, a cidade californiana de Oakland, que chega a ser conhecida como Oaksterdam, em referência à capital da Holanda, já se prepara para buscar o direito de ser a primeira em que a droga paga impostos e pode ser consumida livremente por qualquer pessoa.

“Os cidadãos de lá já votaram pedindo que a maconha seja taxada e legal, mas é preciso que a lei estadual permita essa decisão. Isso está sendo discutido e vai precisar de uma mudança na lei estadual. Haverá uma consulta na eleição de 2010, para que os cidadãos digam se permitem que municípios possam legalizar o uso de maconha, se quiserem. ‘Oaksterdam’ já está se organizando para isso, mas é o único lugar que esta se estruturando para autorizar o uso recreativo.”

Exemplo holandês

O grupo Norml constantemente usa o exemplo da Holanda como comparação para argumentar a favor da legalização da maconha nos Estados Unidos. A legislação do país europeu permite que alguns lugares credenciados vendam a droga livremente. “Trata-se de um país ocidental com valores parecidos com os norte-americanos que aprendeu há muito tempo que a única relação real entre maconha e drogas pesadas, como heroína, cocaína, é o canal de distribuição. Quando se separam os canais de distribuição, a probabilidade de um consumidor de maconha passar para drogas mais perigosas é reduzido”, argumentou St. Pierre.

Na medida em que relaxou o controle ao uso medicinal da maconha, o procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, deixou claro que a polícia e os procuradores continuarão trabalhando para punir os que usarem das leis destes estados para usar drogas ilegais ou traficar drogas.


FONTE: G1

domingo, 22 de novembro de 2009

Quem conta um conto...

... aumenta um ponto. Não é esse o ditado? Porém, por que não recriar a história? Quem disse que a história aconteceu exatamente como contam os livros didáticos? Eles não estavam lá para saber....Recriar e especular sobre acontecimentos históricos está na moda. Tanto no youtube quanto no orkut, tem uma galera recriando diálogos histórico. O pessoal da comunidade Famosos Diálogos por MSN anda recriando (e atualizando) diálogos entre pessoas importantes, famosas e históricas. O lance é simular a conversa dessas pessoas por msn. Há uns diálogos muito legais, mas tem outros sem graça também (afinal, nem todo mundo tem sacadas engraçadas). O pessoal cria os nick, põe gírias nas conversas, envia arquivos e tudo mais. Para deixar mais claro o que eu estou falando, aqui vai um pedaço das conversas que eu mais curi:

Os 10 mandamentos - Deus x Moisés

Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
Qualé moisa, firmex?

Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
Magnânimo, de boa... cabei de chegar lá dos lados do egito... bicho pegou lá...

Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
Tô ligado, não sou onisciente a tôa né mané?

Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
Podicre (y)

Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
e ae, qualé a boa?

Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
seguinte, tenho uma bronca aqui pra você cuidar

Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
manda

Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
ó, dei vacilo com essa história de povo escolhido e os caralho

Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
esses lokis são mais desorganizados que recuo de bateria

Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
bateria? qe porra é essa?

Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
desengana, num é da tua época (ainda)
ma entçao

Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
bolei uma parada de mandamentos, pra ver se organizo essa zona ai
tu vai ter que colar aqui no monte sinai pq tô cuma preguiça da porra de desçer ae

Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
caralho, sem equipamento de segurança? ai tu me fode...

Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
ah, calaboca e chegai


Deus, Jeová, Javé, chame como quisé envia:

Deus, Jeová, Javé, chame como quisé deseja compartilhar este plano de fundo com você.
montesinai.jpg

Aceitar(Alt+C) Recusar(Alt+D)


Você recebeu um plano de fundo com êxito de Deus, Jeová, Javé, chame como quisé.


Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
pronto
e agora, colé?

para acabar de ler esse famoso diálogo por msn é só dar um clique aqui

Outras recriações de diálogos históricos estão sendo feitas pela galera do youtube. Aproveitando-se de uma cena do filme "A queda", com o áudio todo em alemão, internautas estão fazendo novas legendas da discussão. Temas como Calculo I e o polêmico vestido curto da aluna da Uniban vão parar na boca do poderoso líder do terceiro Reich...

Aqui vão alguns dos vídeos com as recriações históricas. Afinal de conta, cada um de nós faz parte da história, então por que não modificar um pouco da história ou contá-la do nosso jeito?





Let's cook a newspaper? pt. 2

Continuando o post abaixo, esse é o segundo texto também resume magistralmente a minha opinião. Foi escrito também por uma estudante de jornalismo, a Paula Nogueira.

Hoje tem palhaçada?
Tem, sim senhor

Não demorou muito: Gilmar Mendes atacou novamente. Depois de comparar jornalistas a cozinheiros, hoje foi o dia de soltar mais algumas pérolas. Como se não bastasse a derrubada da obrigatoriedade do diploma para jornalistas, Mendes indicou que isso deve acontecer com outras profissões. Ele não especificou quais, mas afirmou que a regulação só é "excepcional" quando há ameaça aos valores básicos ou à saúde, por exemplo.

A pergunta que não quer calar: o que exatamente, senhor Mendes, o senhor define como ameaça aos valores básicos? Pelo amor de deus! Vamos lá, raciocínio lógico, não é tão difícil assim. Jornalismo : comunicação social. Não é possível que o senhor não tenha idéia da dimensão da influência que a mídia causa em uma sociedade. Como toda e qualquer influência, esta pode ser, inclusive, prejudicial. E muito. Não estamos falando de um restaurante que deixou a comida vencer e esta causou intoxicação alimentar em 20 pessoas. Está em pauta um meio de alcance global.

Duvida dos riscos? Ok, Escola Base, 1994. Um grupo de seis pessoas estaria envolvido no abuso sexual de crianças. O delegado responsável pelo caso forneceu à imprensa as informações preliminares. Antes que a veracidade das denúncias fosse verificada, vários órgãos da imprensa publicaram séries de reportagens sobre o caso. No grupo estavam os donos dessa escola. No final, as denúncias não tinham qualquer fundamento e o inquérito policial foi arquivado por falta de provas. Diversos órgãos da imprensa foram condenados. Quanto aos acusados? Hoje sobrevivem de uma barraquinha de xerox em alguma rua de São Paulo.

A humilhação pública não tem volta. O "suspeito" deixa de ser mera hipótese e já passa a acusado quando os jornais querem - e visando o lucro e o sensacionalismo é bem fácil querer. E dizer que mau jornalismo não é uma ameça à sociedade? Pior do que matar um ser humano é destruir a sua vida enquanto as suas funções vitais ainda estão longe de ceder. Daqui a pouco, maus professores, sem qualquer formação, também não constituirão uma ameaça aos valores básicos. Afinal de contas, qualquer um consegue usar a fórmula giz + cuspe e repetir a mesma baboseira que é repetida há anos. Da mesma forma que qualquer um escreve uma notícia. Mas não com a devida competência e a (in)formação que tais atos exigem.

Se bem que nenhum argumento importa aqui. Nesses casos, só o dinheiro fala. Isso é o mínimo que podemos esperar de alguém que aceita propina para dar um habeas corpus ao Daniel Dantas. Ou que aceita propina para votar contra a cassação mais do que justa de um prefeito de uma cidadezinha no interior de Goiás. Ou que aceita propina pra... aliás, mais fácil dizer pra que o senhor não aceita. Só não tenho a resposta.


Sinceramente, senhor Mendes? Chega. Cansamos.


Veja o texto original e os comentários aqui
Vale a pena ler os comentários feitos nesses textos.

Let's cook a newspaper?

Nos últimos meses todo mundo que me encontra pergunta sobre a queda do diplama pra jornalismo. Não aguento mais ter que sempre responder às mesmas coisa, dar as mesma explicações e também escutar as mesma piadas do tipo: "agora que não precisa ter diploma você pode escolher um curso que dê dinheiro e depois pedir emprego num jornal". Bom, meu objetivo aqui não é ficar explicando mais uma vez toda essa história, argumentando e tudo mais. Vou me limitar a postar dois textos escritos logo após a decisão do Supremo Tribunal Federal, feitos por dois companheiros de curso que escrevem muito bem. Faço minhas todas as palavras usadas por eles nesses texto, pois representam exatamente não só o meu pensamento, mas também de centenas de estudantes.

Para começar aqui vai o texto do Tiago Gebrim, escrito em 18 de junho de 2009

E agora, diploma?

Dia 17 de Junho de 2009: por oito votos a um, o Supremo Tribunal Federal decide que para o exercício da profissão de jornalista não se precisa de diploma universitário. (Leia aqui)

As reações estão aí. Desde ontem a frase que mais ouço é: e agora, o que vou fazer com meu diploma? Alguns dizem que vão parar a faculdade, os mais idealistas procuram fatores positivos na decisão do Supremo (Supremo Tribunal Federal), outros vão usar o diploma como lenço. Ainda há os que falaram que vão prosseguir, mas sem entender exatamente o porquê – isso tem nome, é comodismo.

Pois é, como fica minha situação? Estou estudando exatamente pra quê? Bem, antes que alguém possa responder a minha pergunta eu mesmo já o faço, com o intuito de mostrar que eu sei bem a resposta. Se não soubesse, não faria muito sentido estar ocupando uma cadeira na graduação de Jornalismo. Estou estudando porque acredito na profissão. Estou estudando porque acredito que como profissional devidamente graduado (sendo jornalista, não “estando” jornalista) eu possa fazer diferença entre os demais. Estou estudando – arrisco a dizer ainda – porque acredito que ainda haja empresas decentes no campo da comunicação.

A eliminação da obrigatoriedade do diploma não invalida o diploma. Portanto, são duas classes de profissionais: os que são jornalistas formados (tem o jornalismo como profissão, não como serviço) e os que são jornalistas por oportunidade de estarem trabalhando em uma empresa jornalística (estão jornalistas, e o deixarão de estar tão logo saiam da empresa). Sem ser utópico, mas mantendo a leva otimista de pensamento, acredito – e preciso acreditar – que empresas sérias de comunicação, que prezem pelo seu nome, pelos seus profissionais e pelo seu trabalho, optarão por jornalistas que tenham o direito de se considerarem como tais – os formados em jornalismo.

Mas antes de começarmos a fazer planos, é preciso enxergar que a decisão não descerá assim, tão fácil, pela garganta dos milhares de estudantes de jornalismo e jornalistas já em exercício. Hoje mesmo, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, já revelou estar planejando um projeto de lei para tornar obrigatório o diploma. O deputado Miro Teixeira também se posicionou a favor da elaboração de uma regulamentação específica para os jornalistas que se encaixe dentro da Constituição. Ele mostrou claramente uma posição contrária à decisão do Supremo e criticou os ministros por não levarem em conta a evolução das profissões, lembrando que antigamente também não era necessário o diploma para se advogar em um tribunal e, hoje, não só é necessário o diploma como também “uma prova duríssima na OAB”. A própria OAB, aliás, também se posicionou a favor do diploma. (Leia aqui)

Em tudo o que aconteceu, o mais duro de aceitar foram os absurdos pronunciados por Gilmar Mendes – como que o mau exercício do jornalismo não oferece perigo à sociedade. Mas o presidente do Supremo chegou ao extremo da falta de sentido quando comparou o jornalista a um cozinheiro (nada contra a profissão), dizendo que um cozinheiro pode ser formado em um bom curso de culinária, mas nem por isso toda e qualquer refeição precisa de um culinário formado. Senhor Mendes, de onde brotaram essas parvoíces?! (Leia aqui)

Ainda por cima, bateram na tecla que em vários outros países, incluindo aí muitos europeus e até a vizinha Argentina, faz-se jornalismo de qualidade e sem necessidade de diploma. De fato. Mas nesses países, as empresas têm mais compromisso ético, as punições legais são severas (ou no mínimo aplicadas) e as instituições públicas não são presididas por pessoas que confundem profissões tão distintas (em sua relevância social e atribuições) como a culinária e o jornalismo.

Não estou conformado, e à minha maneira de pensar, a melhor maneira de mostrar essa indignação e lutar contra essa decisão irresponsável é prosseguir meu caminho na faculdade de jornalismo.

Veja o texto original e os comentários aqui
Vale a pena ler os comentários feitos nesses textos.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ponto de Cultura ambulante

Umas das entrevistas que eu mais curti fazer até hoje foi no estágio que eu fiz na Chapada dos Veadeiros durente o IX Encontro de Culturas Tradicionais . Chico Simões faz um trabalho muito legal com bonecos variados e consegue interagir com todas as idades. Essa interação com todo o público se dá por brincadeiras que fazem parte da realidade dos espectadores. Confiram a entrevista aí abaixo e deixem comentários.Chico Simões, a gente sabe que você tem um longo tempo de estrada com esses espetáculos de bonecos, e você deve escutar essa pergunta muitas vezes, mas como foi o seu primeiro contato com os bonecos mamulengos?

Rapaz, foi um boneco de ventriloquia que passou na minha escola. Passou um ventrículo e foi incrível que a primeira apresentação que ele fez eu não pude assistir porque tinha que pagar. Pagava muito pouco mais eu não tinha grana. E então ficamos eu e mais uns cinco alunos sem assistir, mas ouvíamos os outros rindo. E no final, quando voltaram para dentro da sala de aula comentaram muito sobre o boneco que falava e eu dizia: "Pô, como é que pode", fiquei impressionado com essa história, como é que pode um boneco falar, não conseguia imaginar. Só que no outro dia para minha surpresa o cara se apresentou novamente e de graça, para todo mundo. Foi maravilhoso. Eu corri e fiquei logo na primeira fila, sentado no chão. Ele começou a brincadeira, e chamou Juquinha, o boneco: "Juquinha acorda, acorda Juquinha, acorda", e o Juquinha nada, não acordava. Ele pedia para a galera gritar: "Acorda Juquinha!" e todo mundo gritava em coro "Acorda Juquinha!" e o boneco não acordava. Eu me levantei, fui até lá e dei um tapa na perna do Juquinha (risadas). Quase que eu derrubo o boneco com o bonequeiro e tudo. Aí, ele acordou assustado com aquilo e eu achei fantástico. Pensei que eu que tinha acordado o Juquinha. (risadas).

Em que cidade foi isso?

Isso foi em Taguatinga, que é uma região administrativa de Brasília, em uma escola pública, dessas muitas escolas que tem por lá.

Há quanto tempo você já está na estrada com essas apresentações?

Olha, aprendendo eu estou desde 1981, acompanhando outras pessoas que eu considero meus mestres. Depois, de 1981 a 1984 eu vivi pelo Nordeste, entre idas e vindas à Brasília, sempre procurando conviver com mestres da cultura popular, mágicos, palhaços, ventríloquos, camelôs, toda essa gente da rua. Em 1985, eu voltei a Brasília e montei o Mamulengo Presepada, que é a brincadeira que eu já faço há 24 anos.

E quais são os temas que você utiliza em suas apresentações?

Olha, são temas universais porque eles cabem bem a qualquer público, em qualquer lugar, qualquer cultura, além dos temas particulares daquela cultura onde estou me apresentando. Então, eu sempre procuro saber, no local onde vou me apresentar, o nome de algumas pessoas, algumas situações que acontecem ali para que dentro da brincadeira eu possa utilizar esses elementos. Assim, eu faço uma comunicação com o particular e ao mesmo tempo universal porque essas coisas vêm desde sempre e estão em toda parte.

Que tipos de bonecos você utiliza durante o show? Quantos são? Tem algum tipo específico?

Olha, na minha mala ficam mais ou menos uns 25 bonecos. Não quer dizer que eu vá apresentar todos eles, todas as vezes que eu abri-la. Eu posso apresentar cinco, dez, quinze, dependendo da brincadeira, de quanto tempo, da situação, da reação do público. Então, tudo isso é muito improvisado, no sentido de que existem muitas possibilidades. Improvisação não é você fazer o dá na cabeça na hora não. Improvisar é você ter um repertório muito grande de possibilidades de atuação e, naquela situação, você usa uma daquelas possibilidades. O público pensa que você está criando na hora que você está improvisando, quando na verdade você está utilizando uma das milhares de possibilidades que você tem para aquela situação. Eu entro no jogo aberto, eu não sei o que vai acontecer quando eu começo a brincar. Eu tenho que ter só um arsenal de coisas e aí eu vou usando de acordo com o sabor do momento.

Como são feitos esses bonecos? Qual matéria você utiliza?

Geralmente é madeira, que é um material resistente, mas pode ser também cabaça, tecido. São sempre materiais orgânicos. Eu nunca utilizo matérias plásticas ou sintéticas. Sempre são materiais orgânicos mesmo, madeira, tecido e metal.

E quanto tempo você demora pra fazer um boneco? Dependendo da cidade você cria um boneco específico?

Depende. Eu já terminei de almoçar, comecei a esculpir um boneco e às duas horas da tarde ele já estava pronto, porque eu queria fazer aquele boneco e ia brincar à tarde. E tem boneco que você leva anos e ele nunca fica pronto. Ele fica te acompanhando o tempo inteiro, mas ele nunca está pronto. Então depende muito, não tem um tempo estabelecido não. Pode ser muito rápido e pode demorar muito.



Por quais lugares você já viajou com esses espetáculos?

Já andei uns vinte países. O Brasil todo, todo, todo, e depois toda a América Latina. Um pouco da América do Norte, e depois a Europa. Falta ainda a África e a Ásia, que eu gosto muito e são lugares que eu pretendo ir ainda, na África e no Oriente.

Como você maneja os bonecos? Como é feito todo o trabalho na apresentação? Você sempre usa bonecos ou às vezes é só você no espetáculo?

Às vezes sou eu usando objetos, mas se você considerar o boneco como um objeto, ou um objeto como personagem, com essa força, com essa anima, com essa alma, pra mim é indiferente. Eu sei que o público distingue o boneco de um objeto, mas eu, quando estou brincando, não distingo. Eu tanto sei que o boneco é um objeto, como eu sei que um objeto tem vida. Aí eu brinco com isso. Então não tem uma maneira, uma técnica para que eu possa falar a respeito. Eu posso falar que com o tempo você vai aprendendo e com a prática você vai sabendo utilizar cada boneco, cada material ou apenas o próprio corpo e aí ele acaba se transformando num meio de expressão também, de acordo com o que todo o público sugere.

Você acredita que essas apresentações de mamulengo sejam eficientes em passar alguma mensagem para as crianças, ou ajudá-las em algum ensino?

Claro, pode ajudar as crianças a dizer "Não" (pequena risada), ajudar as crianças a... eu gosto muito de brincar, a brincadeira do mamulengo é a minha brincadeira. A minha brincadeira é bem pedagógica e as pessoas sempre perguntam isso. O boneco vai cuspir, escarrar, vai arrotar, vai peidar, vai fazer xixi, sabe, essa coisas orgânicas que o ser humano faz mas não gosta de falar, não comenta e muitas vezes reprime. E essa repressão a naturalidade que a gente tem pode causar problemas e até mesmo doenças. Então quando eu brinco e um boneco faz xixi na platéia, e a platéia se diverte a beça com isso, para mim eu estou exercendo uma função educativa, uma função pedagógica. Eu posso não ser politicamente correto para o gosto das professoras do ensino formal ou da maioria dos conservadores, mas com certeza, pelos anos de experiência, eu sei que essas provocações com as professoras e esse convite às crianças para que elas sejam mais espontâneas, eu tenho certeza que isso é educativo.

Você já trabalhou num projeto, um Ponto de Cultura, certo? Conta pra gente como foi esse período.

Eu considero que até hoje eu trabalho em um Ponto de Cultura. Até mesmo porque antes de existir esse nome "ponto de cultura", eu já era de um Ponto de Cultura. É questão de um nome que o Estado, o governo deu a uma coisa que a gente já fazia. Então o ponto de cultura não é uma criação nova e nem ela acabou e nem vai acabar. O Ponto de Cultura é um lugar em que as pessoas se reúnem pra fazer cultura, principalmente uma cultura de algum interesse social, que beneficie a comunidade. Isso foi muito bom. É muito bom que o Estado, que o governo apoie esses grupos para que eles possam se fortalecer e desenvolver bastante o trabalho que já vinham fazendo. Foi o que aconteceu com a gente, nós crescemos imensamente nesse período que tivemos convênio como Ponto de Cultura. Ainda estou dentro dessa rede de Pontos de Cultura, e tenho crescido bastante, conhecido muita gente que faz um trabalho parecido e que tem questões e problemas parecidos. A gente vai encontrando também soluções parecidas para esses problemas. E, sobretudo, o fim dessa sensação de que a gente é só, de que seu trabalho é inglório, que não vai mudar nada. Quando a gente entra na rede a gente vê que tem muita gente fazendo, que tem muita gente mudando e a gente muda também nossa postura.

Você disse que antes de ser dado o nome "Ponto de Cultura", você já se considerava um Ponto de Cultura. Então seria um Ponto de Cultura ambulante?

Isso, exatamente! Um ponto em movimento (risada). Não é um ponto fixo não, é um ponto em movimento, porque onde eu chego, eu me apresento, faço oficinas e, sobretudo, converso com as pessoas. É muito bom conversar com as pessoas sobre a nossa profissão. Em geral, as pessoas tem uma ideia completamente diferente da nossa a respeito do nosso ofício. É bom surpreendê-los também com questões que também são do dia a dia.

Que ideias diferentes as pessoas têm da sua profissão?

As pessoas pensam que artistas, no geral, são portadores de um dom, de alguma qualidade especial ou diferenciada e, na verdade, isso é falso. Os artistas são operários, como eu disse, que trabalham com essa matéria-prima que é o sentimento humano, que são os jogos, as relações. Sem dúvida é uma profissão privilegiada, mas no sentido de que nós podemos nos comunicar com muitas pessoas ao mesmo tempo. Um pedreiro dificilmente faz isso, ou dificilmente a pessoa reconhece na parede uma comunicação do pedreiro com quem habita aquela casa. Artista é uma prática como qualquer outra profissão com um conhecimento que precisa ser desenvolvido.

Então, só para finalizar a conversa, eu gostaria que você deixasse alguma mensagem, um recado para esse público que assistiu você hoje.

É possível. Quem estiver interessado em fazer qualquer coisa parecida com o que viu, que gostou do que viu pode começar a praticar, que com certeza isso é bem possível. Isso me faz muito feliz, me faz muito bem e eu estou sempre colocando o público em contato com o outro, enquanto eu estou me apresentando. Então cada vez que me apresento eu trago essa energia e quando termina uma apresentação levo para outro lugar a energia também desse público. É uma coisa maravilhosa e que eu recomendo.

domingo, 15 de novembro de 2009

Entrevista com Zé do Caixão

Pode parecer algo bobo, sem importância para muitos, mas me deixou muito contente. É a coisa mais clichê você fazer uma reportagem sobre o azar e tudo mais em uma sexta feira 13. E uma das fontes mais procuradas para fazer esse tipo de reportagem é o cineasta José, conhecido também como Zé do Caixão. Como disse, pode parecer algo sem importância para a maioria das pessoas, mas eu fiquei muito contente em conseguir essa entrevista. As coisas que ele falou também foram super legais, deu pra fazer uma pauta bem legal. Ao contrário do que muitos pensam, ele fala muitas coisas bem interessantes, não fica só falando em demônios, mortes e tudo mais. Tudo varia de como o repórter vai construindo a pauta. Bom, como já disse em vários tópicos, esse blog é para divagações, loucuras, coisas com ou sem importância. E como muitos brincam, esse blog é meu e eu posto nele o que eu quiser (rs). Bom, aí está o áudio da entrevista com o José, o famoso Zé do Caixão.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pequenas doses

Porta Curtas. Esse site sim merece respeito. Não é segredo pra ninguém o tanto que produzir cultura é difícil. Uma das maiores patrocinadoras culturais do país é a Petrobrás. A um certo tempo eu já venho acompanhando os trabalhos realizados por essa empresa. Dou destaque aos incentivos ao campo do audiovisual. Além dos patrocínios às produções, tanto longa quanto curta metragem, a Petrobrás desenvolve algo que eu acho extremamente legal e que sempre me proporciona ótimas experiencias. A empresa faz um trabalho itinerante de montar cinema no meio da rua. Um caminhão projetor, uma tela inflável gigante e cadeiras de metal no meio da praça, da rua, seja onde for. Está armado o Cinearte Sarau Petrobrás. Além de valorizar artistas locais que se apresentam antes da exibição, há sempre um curta metragem e um longa, ambos nacionais. Outra divulgação das produções audiovisuais é o acima referedo Porta Curtas, um site em que a Petrobrás permite que os usuários vejam os curtas. Muito legal isso, não é só ajudar a produzir, mas também ajudar a divulgar, já que essa última parte é tão difícil em nosso país. Eventualmente vou postar alguns curtas aqui, afinal não é segredo pra ninguém que eu sou viciado nesse tipo de produção. Pra começar vou postar o primeiro curta metragem que eu vi e que me tocou muito. Quem quiser conferir mais, é só entrar no www.portacurtas.com.br

segunda-feira, 9 de novembro de 2009


Nada como uma conversa despretenciosa dentro do carro para criar mais divagações na mente e automaticamente no blog. A conversa agora é sobre jornalismo....Esse é um trabalho que gera muitos conceitos muitas vezes românticos, glamourizados da profissão. Porém o verdadeiro glamour não é saber "tudo" o que acontece. Não é você está de terno e gravata segurando um microfone. Sentar na bancada do Jornal Nacional e falar "Boa noite"? Também não... A grande maravilha (creio que essa não seja a expressão exata, mas vamos deixar essa mesmo) disso tudo é você viver ativametne, diretamente a história. Você não fica simplesmente sentado recebendo a historia até você. Porém você vai interferir na história. Porém, por mais que você seja imparcial, não haja decisivamente na situação e só vá reportá-la, você está presente, vendo as coisas no momento real. Você presencia história. Pode ser algo restrito a pouco? Pode ser uma visão utópica de estudante? Pode ser só uma baboseira que surgiu de uma conversa dentro do carro? Pode, claro que pode. Mas quero ver alguém conseguir me provar que isso não existe e que eu não posso chegar lá.

Quem cobre um acontecimento histórico vive a história, não fica simplesmente recebendo versões da história através de uma tela. E quem disse que o dia a dia não é um acontecimento histórico? Eu vivo o dia a dia, eu vivo e faço a história. Isso é um dos meus prazeres dentro dessa profissão. Palavras nem sempre são precisas ou eficientes em expressar a verdadeira essência dos pensamentos, mas a gente tenta. E através da tentativa, erro e acerto a gente vai levando a vida, vivendo e fazendo a história.

domingo, 8 de novembro de 2009

Dinossauros nacionais

Sem dúvida alguma, a turnê que o Titãs e Paralamas do Sucesso estão fazendo pelo país é o que há de melhor em temos de show nacional. Esses dois dinossauros representam a alma do rock brasileiro. Novamente falo sobre música e reforço que não sou e não quero ser especialista em música, ficar analisando gênero, estilo, técnicas, influências. Tudo que falo aqui é baseado em gosto pessoal e conversas de buteco com amigos.
Aí tem o pessoal que fala: "Ah, mas isso não e rock, isso é pop rock". Como assim essa dupla aí não é rock? Só porque não tem o som tão pesado como outras bandas? Mas o que, por diabos, define exatamente a linha entre o que é rock e o que não é? Se dermos uma rápida olhada na nossa bíblia da internet, a Wikipédia, vamos ver que os exemplos dado para cantores pop, bandas de rock e para o pop rock são os mesmos. Todos tem aquele conceito de que pra ser rock tem que ir contra tudo, ser revolucionário e ter uma pegada agressiva. Já o pop é comercial, feito pra agradar a garotada, lançar modinha e "se vender ao sistema". BALELA, nada mais do que BALELA. O rock tem tantas divisões, subdivisões, divisões das subdivisões que é impossível você chegar a uma definição fixa, concreta. Se formos nos apegar a esses conceitos aí, eu com poucos exemplos quebro esse discurso. Nos palcos tudo se mistura, em maior ou em menor grau.

Como disse, na minha opinião, Titãs e Paralamas do Sucesso, comemorando 25 anos de estrada, é o melhor show nacional que está rodando atualmente em terras brasilis. Todos já cantaram alguma música de uma dessas duas lendas do rock nacional, não há como. As duas separadas já eram boas, quando se juntam, aí que pega fogo mesmo.

Para saber a sensação desse show, só estando no meio do público. A apresentação é contagiante, e clássicos são sempre clássicos.

Parceria com o meu SELO CYBER DE APROVAÇÃO

sábado, 7 de novembro de 2009

...

Pensou em subir na vida
Notou que os degraus eram os seus semelhantes
Que a escada era feita de homens curvados
De crianças maltrapilhas
De velhos com fome
Pediu Perdão
Se afastou de cabeça baixa

Versos achados no bolso da jaqueta de João Augusto Diniz Junqueira, jovem brutalmente assassinado por policiais da ROTA 66 em São Paulo em 1975.